Estudantes realizam conscientização sobre o combate ao mosquito aedes

A dengue tem sido um dos principais problemas de saúde pública no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 milhões e 100 milhões de pessoas se infectem anualmente, em mais de 150 países, de todos os continentes. Mais de dois milhões de doentes necessitam de hospitalização e 28 mil morrem em consequência da doença. A Dengue é transmitida pelo mosquito aedes aegypti, o qual também tem em seu “currículo”, a transmissão da febre amarela, o chichikungunya e mais recentemente a zika.

Em nosso País, as condições socioambientais favoráveis à expansão do mosquito possibilitaram o avanço da doença desde sua reintrodução, em 1976. O controle proposto pelo Programa Nacional de Controle da Dengue trouxe mudanças efetivas em relação aos modelos anteriores e, hoje, o controle da transmissão do vírus da dengue se dá essencialmente no âmbito coletivo e exige um esforço de toda a sociedade. 

Devido a esses fatores e ao esforço do trabalho coletivo, o município de Cravinhos intensificou, nestes últimos meses, o combate ao aedes aegypti e o resultado mostrou que a população está mais consciente a cada ano, entretanto existem localidades que se fazem necessárias mais cuidados.

“Primeiramente o aedes foi o grande causador da febre amarela, posteriormente foi a Dengue e agora mais duas novas doenças foram constatadas, chikungunya e zika. Sendo que em algumas regiões do Brasil já podem ser consideradas como epidemia. Por isso mesmo precisamos juntar todas as forças possíveis para ganhar essa ‘guerra’”, revela a secretária da Saúde de Cravinhos, Roberta Ap. Meneghetti Brandão.

Nas últimas semanas a Secretaria Municipal da Educação se uniu aos esforços da Secretaria da Saúde e promoveu uma verdadeira campanha em todas as unidades escolares do município, assim promovendo a conscientização para a eliminação dos criadouros do mosquito aedes aegypti.

“Já fazemos esse trabalho nas salas de aula periodicamente, pois se encontra em nosso Plano de Ensino, mas decidimos pela realização dessa campanha a pedido da Secretaria Municipal da Saúde, bem como solicitação do MEC e assim temos a certeza que os alunos irão passar essa conscientização para frente, assim evitando que se criem criadouros do mosquito aedes aegypti”, comenta a secretária da Educação de Cravinhos, Margarete Stella Moraes.

Apesar de todas as campanhas e o trabalho dos agentes de Vetores do município, se faz necessário que toda a população fiscalize suas residências e/ou estabelecimentos comerciais ao menos durante 10 minutos por dia, porque somente dessa maneira será possível que realmente o mosquito não se desenvolva.

“Não estamos ainda em estado de alerta e nem mesmo epidemia, entretanto temos cidade ao nosso redor que estão com índices preocupantes, como são os casos de Ribeirão Preto, São Simão, Serra Azul, Santa Rosa de Viterbo e Serrana. Por isso o nosso lema é ‘não adianta apenas matar o mosquito, não podemos deixar ele nascer. E isso depende de todos nós’”, diz a secretária da Saúde de Cravinhos.

O último balanço divulgado pelo Departamento Regional de Saúde (DRS), sobre casos de doenças provocadas pelo mosquito aedes mostra que Cravinhos tem 12 casos de Dengue confirmados no ano de 2016, e nenhum caso suspeito para chikungunya e zika.
“Estamos entre as cidades com menos casos de Dengue e outras doenças causadas pelo mosquito aedes. Entretanto está longe dessa ‘guerra’ acabar, e todos temos que continuar a lutar constantemente para não termos nenhuma epidemia futura”, afirma Roberta Brandão. 

Enquanto Ribeirão Preto e Bebedouro lideram o ranking de casos confirmados de Dengue em 2015, respectivamente, 3929 e 6352, a cidade de Cravinhos é a que menos registrou casos no ano passado, um total de 106.