Treinamento de primeiros socorros será realizado para funcionários da Educação
Publicado em 20-07-2018 13:23:47 | Lei Lucas, Cravinhos, treinamento primeiros socorros, escolas municipais, creches municipais, capaci
Treinamento de primeiros socorros será realizado para funcionários da Educação
O município de Cravinhos tem realizado diversos investimentos na área da Educação, assim trabalhando constantemente para a melhoria do Ensino, e mais um passo que será dado é a capacitação de funcionários, professores, coordenadores e diretores de creches e escolas municipais, através de treinamentos de primeiros socorros, assim possibilitando que se possa dar um atendimento em caso de algum incidente com alunos dentro do ambiente escolar.
A capacitação na área da educação vem atender a um pedido do vereador Carlos Eduardo Espósito – Irmão Carlos, o qual solicitou que todos os profissionais dessa área fossem capacitados no atendimento de primeiros socorros, assim evidenciando a Lei Lucas (ver no quadro).
“Essa solicitação se deu devido aos constantes casos envolvendo crianças em que o atendimento prévio poderia ter sido a diferença para a manutenção da vida do aluno. Um fato ocorrido na cidade de Limeira, com uma criança de 10 anos, a qual se engasgou ao comer um cachorro quente e acabou falecendo, isso devido a possível falta de preparo técnico em primeiros socorros”, diz o vereador e vice-presidente da Câmara de Cravinhos, Irmão Carlos.
Para que a Lei Lucas seja formalizada na cidade de Cravinhos, bem como passe a ser exigência obrigatória foi realizada uma Minuta de Projeto de Lei, pelo vereador Irmão Carlos.
“A referida Minuta foi encaminhada ao prefeito José Carlos Carrascosa dos Santos e este de imediato e em total apoio a esta nobre causa em defesa da vida e bem estar da população solicitou que a secretária da Educação, Margarete Stella, tomasse as devidas providências”, diz Irmão Carlos.
A secretária da Educação de Cravinhos, Margarete Stella Moraes, acredita que seja de suma importância e já oferecerá o treinamento aos funcionários na segunda-feira (16/07).
“Já tínhamos a ideia de implantar esse treinamento de primeiros socorros em nossa cidade, como veio o pedido do Irmão Carlos, através da Lei Lucas, já iremos fazer isso a partir de segunda-feira (16/07), das 7h às 17h, em pequenos grupos, que serão treinados pelos profissionais da Saúde e do SAMU de Cravinhos”, revela a secretária da Educação de Cravinhos, Margarete Stella Moraes.
O treinamento será inicialmente somente para os funcionários de creches e escolas municipais, mas posteriormente será também oferecido aos professores. Os grupos de treinamentos serão entre 30 e 40 pessoas e será realizado na EMEB. “Moacyr Martins dos Santos”.
Lei Lucas quer capacitação de professores e funcionários de escolas
O projeto “Lei Lucas” torna obrigatória a capacitação em primeiros socorros de professores e funcionários das instituições de ensino públicas e privadas do Brasil. O objetivo da nova legislação visa garantir, em casos de emergência, a segurança dos alunos por meio da presença dos profissionais com conhecimento nos atendimentos iniciais.
A iniciativa para a aprovação da nova lei começou graças a um movimento popular coordenado por Alessandra Begalli Zamora, mãe de Lucas, um menino campineiro de 10 anos que morreu asfixiado, comendo um cachorro quente, durante um passeio escolar em setembro do ano passado. Lucas acabou se engasgando com uma salsicha. Na época, a mãe e a tia criaram uma página no Facebook para alertar outras mães sobre o ocorrido.
Em apenas alguns dias, a página alcançou mais de 10 mil curtidas e milhares de relatos de vítimas de engasgo foram postados. Atualmente, a página “Vai Lucas” conta com mais de 138 mil seguidores.
“A primeira ideia é alertar as pessoas de que existe essa demanda. Os profissionais das escolas não são capacitados pra prestar os primeiros socorros, porque não existe essa cultura no nosso País”, diz Alessandra Zamora.
Ela usou como exemplos lugares como o Canadá, Inglaterra e Austrália, que possuem como prática rotineira ensinar os professores e funcionários a prestarem os atendimentos iniciais, enquanto as ambulâncias e/ou médicos especializados não chegam.
“Achei que a gente deveria abraçar essa causa, porque gostaria muito de mudar essa realidade. Em Campinas, tivemos um caso em agosto, quando um bebê de 4 meses se engasgou. Em setembro, o Lucas e, em dezembro, em Araraquara, um menino de 2 anos”, contou.
Alessandra disse ainda que acredita que muitas mortes poderiam ter sido evitadas se a lei já estivesse em vigor. Para ela, exigir que as escolas apresentem esse suporte é também um sinal de respeito e cidadania.